Pesquisa evidencia desigualdade de renda no DF e Entorno

Seis vezes por semana a ajudante de serviços gerais Meiriele Camilo enfrenta pelo menos 3 horas de trânsito.. A moradora de Águas Lindas de Goiás, trabalha no Plano Piloto. Por mês ela recebe um salário mínimo e meio por 60 horas semanais. Para ela, a remuneração não é das melhores, mas paga as contas, coisa que com um mesmo emprego, na sua cidade não faria

A realidade de Meiriele e de tantos outros moradores do Entorno é um dos retratos da diferença entre os PIBs. Enquanto o Distrito Federal tem um Produto Interno Bruto de mais de cento e setenta e um milhões de reais, a região formada por Valparaíso, Novo Gama, Cidade Ocidental, Luziânia, Águas Lindas, Santo Antônio do Descoberto, Alexânia, Cocalzinho, Padre Bernardo, Formosa, Planaltina de Goiás e Cristalina somam juntas pouco mais de 10 milhões.

Estes números fazem parte de uma pesquisa elaborada pelo Conselho Federal de Economia. De acordo com o pesquisador Júlio Miragaya, que elaborou o estudo, essa grande diferença se deve à falta de industrialização nestas regiões. Enquanto o DF mantém seu PIB com os salários pagos ao funcionalismo público, o Entorno sobrevive do pequeno comércio e sofre com a histórica falta de investimento.

A pesquisa também mostra que as tendências de crescimento do DF e Entorno vão na contramão das demais áreas pesquisadas no país. Nas outras 14 regiões metropolitanas se vê cada vez mais o crescimento e a industrialização da periferia, com aumento da renda e com PIBs mais parecidos. Já no DF a tendência é que a riqueza aumente, enquanto no Entorno apenas a população cresça, com a migração de pessoas para essas cidades, resultado do custo de vida que ficará cada vez mais alto aqui no Distrito Federal.

Fonte: Redação e Codeplan.
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Por Renata Belsantos

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