O Hospital Municipal de Cidade Ocidental (HMCO) está em estado precário, isso está mais que escancarado aos olhos de quem o visita, mas a situação de abandono vai além da parte estrutural. Por volta das 7h do dia 21/04, havia seis pacientes aguardando atendimento na sala de recepção. O curioso é que não havia recepcionista para fazer as fichas de atendimento, tampouco seguranças e muito menos médicos. A única funcionária que dava algumas explicações aos pacientes era uma senhora que cuidava, sozinha, da limpeza. Para não se comprometer e correr o risco de perder o emprego, a funcionária limitava-se a dizer apenas que as recepcionistas (a quem ela chamou de estagiárias) chegariam somente por volta das 8h.
A reportagem apurou que a equipe do turno da noite deixou o hospital minutos antes das 7h desta manhã. A equipe sucessora, no entanto, só ocupou os postos de trabalho uma hora depois, deixando o local aos cuidados do pessoal da limpeza, motoristas de ambulância, cozinheira, além das enfermeiras que cuidam dos pacientes internados. Ninguém soube informar à reportagem o nome do(a) diretor(a) do hospital. Uma funcionária que não quis se identificar chegou a dizer que não existe diretor, acrescentando que a pessoa que responde pelo hospital seria o secretário de saúde, porém, segundo ela, quase nunca ele é visto no HMCO.
Conforme consta do site oficial da prefeitura, Filipe Alves Cezário é o Secretário de Saúde de Cidade Ocidental. Ninguém da secretaria de saúde ou da diretoria do hospital foi encontrado para explicar o porquê da ausência de funcionários-atendentes e médicos durante o intervalo da troca dos turnos. A lista com o nome dos médicos escalados também não estava disponível na recepção do hospital.
Precariedade
Nas imagens, você pode conferir o descaso registrado no Hospital Municipal de Cidade Ocidental. Além das péssimas condições estruturais, é possível verificar a ausência de funcionários na recepção e nos corredores.
Fonte: Correio Ocidental