Os resultados do segundo ciclo do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), de março e abril de 2015, indicam que os principais criadouros do mosquito em Goiás são o lixo (48%) e os reservatórios de água ao nível do solo (17%). Outros itens que proporcionam ambiente para o desenvolvimento do inseto são os pequenos depósitos móveis, como vasos de plantas, bebedouros de animais e baldes (14%); pneus (10%); pequenos depósitos fixos, como calhas, lajes, vasos sanitários e ralos de banheiro (6%); criadouros naturais, como ocos de árvores, ocos em pedras e flores (3%); e reservatórios de água elevado (2%).
A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Maria Cecília Martins Brito, afirma que os índices de infestação identificados pela pesquisa são preocupantes, com 29 municípios em alto risco (infestação maior que 3,9%) e 100 municípios em alerta (entre 1 e 3,9%). “Esse resultado demonstra que mais do que nunca, os gestores municipais devem intensificar as mobilizações sociais no combate à dengue”, alerta Maria Cecília.
A superintendente analisa que os dois principais criadouros estão diretamente ligados à atuação da população (hábitos inadequados de descartes e acúmulo de água para consumo) e do poder público (coleta e destinação de lixo, limpeza pública e fornecimento de água). “Isso deve ser levado em consideração pelos gestores municipais para desenvolverem estratégias de enfrentamento e ações educativas voltadas para a mudança de hábito da população”, considera.
Fonte: Redação.