Marconi: negociação vem ocorrendo desde o final de 2014
O governador Marconi Perillo confirmou que a Celg Distribuição (Celg D) será privatizada ainda este ano, possivelmente em novembro. Foi publicada ontem, no Diário Oficial, a recomendação do Conselho Nacional de Desestatização (CND) para inclusão da estatal federal no Programa Nacional de Desestatização (PND) pelo governo federal.
Segundo o governador, essa publicação faz parte do processo de negociação entre o governo de Goiás e o governo federal para vender a empresa, que teve seu controle acionário transferido para a Eletrobras em janeiro.
Marconi confirmou que desde o final de 2014, durante a negociação de transferência do controle acionário da empresa, o governo goiano estava discutindo com o Ministério das Minas e Energia e a Eletrobras a desestatização da Celg.
Calendário
Ficou acertado entre as partes vender o controle acionário (51%) para o setor privado. A intenção inicial era que esse processo ocorresse em 2017, depois que a empresa já estivesse em melhor situação financeira. “Durante a reunião do Confaz em Goiânia (em 10 de abril), o ministro (Joaquim) Levy me perguntou se o governo se importaria de antecipar o calendário para este ano. Eu disse que não havia problema. Aí a Secretaria da Fazenda de Goiás, o Ministério da Fazenda e a Eletrobras começaram as tratativas”, informou Marconi.
Por isso foi publicado ontem o documento do CND. A partir dessa publicação, explica, os técnicos vão discutir a modelagem do leilão, cronograma, etc. O governador disse que não está decidida a porcentagem que Estado e Eletrobrás venderão de suas ações, apenas que o futuro controlador terá 51%. Mas entre a direção da estatal há expectativa de que os governos estadual e federal fiquem com 24% cada, índice já abordado no processo de federalização, mas isso depende da visão estratégica dos acionistas.
Investimento
Marconi acredita que a venda será importante para o Estado, porque a empresa que assumir a Celg vai “investir dinheiro novo” na infraestrutura de distribuição de energia para atender as demandas do Estado. Ele informa que sua intenção é investir a parte que o Estado receber no custo da dívida e parte em investimentos. Segundo o vice-presidente da Celg D, Elie Chidiac, até acontecer todo o trâmite, há muito trabalho primeiro para valorizar as ações ao máximo, o que inclui manter o equilíbrio das contas.
“Ainda há muitos trâmites, mas certamente a prorrogação da concessão pela Aneel vai dar para a empresa um valor que estimamos ser alto e deve haver concorrência internacional para compra de um ativo importante como a Celg, para além dos players do setor elétrico nacional”, diz Chidiac.
Fonte: O POPULAR