Unidade não tem câmara fria para colocar todos os cadáveres, em Luziânia. Superintendência disse que destinou R$ 3 milhões para reforma do prédio
Corpos em decomposição estão expostos no pátio da unidade do Instituto Médico Legal (IML) em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a direção da unidade, não existe uma sala apropriada para colocá-los.
Moradores da região reclamam do mau cheiro que a situação provoca.
A unidade do IML em Luziânia atende a nove municípios. De acordo com servidores, os corpos que chegam em decomposição não podem ser guardados no refrigerador junto com outros cadáveres, pois devem ficar em uma sala separada.
No entanto, segundo os funcionários, não existe uma estrutura para que os corpos em estado de decomposição sejam guardados nem área para a autópsia. Por isso, eles são colocados dentro de urnas abertas ou dentro de caminhões, que ficam no pátio.
A população reclama que fica até difícil comer por causa do fedor. “Quando está assim, o tempo mais seco, uma ou duas semanas sem chover, a gente quase não sente o mau cheiro. Agora, quando chove e logo em seguida vem o sol, a catinga volta. É forte, bastante forte”, reclama o comerciante Fábio Souza.
A Superintendência da Polícia Técnico Científica informou que na última terça-feira (1º) foram repassados mais de R$ 3 milhões para a reforma completa do IML e que o problema do mau cheiro será resolvido.
A instituição disse ainda que vai fornecer melhores condições de trabalho para os funcionários.