O Estado de Goiás devia até ontem R$ 16,3 bilhões, segundo o Banco Central. Mas o governador Marconi Perillo (PSDB) conseguiu ontem uma péssima notícia para os goianos: a dívida vai aumentar, em poucas horas, mais de R$ 1,9 bilhão
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Para o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), a atitude da União, às vésperas das eleições, é populista e irresponsável. “Infelizmente é sobre os ombros dos goianos que esse prejuízo irá recair. A Celg já foi a maior empresa do Centro-Oeste, mas foi sucateada e corrompida pelo governo de Marconi Perillo. O caso Celg é indiscutivelmente o Petrolão de Goiás. ”, reforçou Caiado.
Isso porque a Celg D, próxima de ser privatizada, terá dívida com a Caixa Econômica Federal assumida pelo Estado de Goiás. A empresa será a única beneficiária da medida anunciada ontem. A dívida ficará para todos os goianos pagarem.
O montante envolvido, de R$ 1,9 bilhão, refere-se a um empréstimo originalmente contratado junto à Caixa Econômica Federal pela Celgpar, dona de 49% da Celg-D, que tem a Eletrobras como sócia majoritária, com mais de 50% de participação.
O povo goiano vai arcar com o pagamento imediato ao banco federal logo após a privatização da empresa de energia – por um empréstimo do qual é o fiador. Além de assumir a dívida de quase R$ 2 bilhões, o governador Marconi Perillo (PSDB) entregará uma grande cereja no bolo: Goiás perderá definitivamente o controle da maior empresa goiana.
No final do mês passado, foi publicado o edital de privatização da Celg. O leilão será realizado no dia 19 de agosto na BM&FBovespa, em São Paulo.