ARTIGO: O setor produtivo no calvário

*Antes mesmo de sua criação em 12 de Abril de 1960, Brasília já era uma cidade vocacionada à construção civil e ao comércio. Anos passaram-se e essa vocação foi confirmada nas grandes obras que mudaram o Distrito Federal como a 3ª Ponte do Lago Sul, viadutos em várias cidades, o metrô, vilas olímpicas, campos de grama sintética, Rodoviária Interestadual e outras que transformaram o DF

O comércio pujante em cidades como Taguatinga, Sobradinho e até mesmo no Centro de Brasília não é mais tão pujante como antes, desaquecendo a economia brasiliense e aumentando o desemprego.

Para piorar a situação o Governo de Brasília anunciou o aumento do ICMS que é o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação. O aumento desse imposto é muito ruim para o empresário, principalmente neste tempo de crise em que Dilma e o PT nos enfiaram.

O empresário vai ter que cortar custos para se manter funcionando ou terá que fechar as portas, seja qual for a decisão do empresário o desemprego de seus funcionários é fato consumado. Com mais desempregados, o comércio não terá tantos clientes como antes, forçando também que o comerciante feche suas portas e também demita funcionários. É um ciclo sem fim. Não é atoa que representantes de entidades ligadas ao comércio e às micro e pequenas empresas em reunião na quarta-feira (20) com técnicos do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no Ministério da Fazenda disseram que uma empresa fecha por minuto no Brasil devido o aumento do ICMS.

No Distrito Federal, Rollemberg segue a mesma cartilha de Dilma. Passar a conta para o trabalhador, para o chefe de família que terá que pagar para sustentar sua família e também sustentar o Governo, sustentar uma máquina inchada e improdutiva. O valor que o empresário ver aumentar em seu balanço, irá repassar para o consumidor final, alimentando a inflação. 

Para se ter ideia do quanto o setor produtivo e o trabalhador está sofrendo, em 2015, Rollemberg chegou a vetar um Projeto de Lei que reduzia a alíquota do ICMS para medicamentos genéricos, além de aumentar a Taxa de Limpeza Pública, o IPTU, o ITBI, ITCD. Isso sem dizer o aumento das passagens de ônibus penalizando os mais pobres, penalizando quem não tem renda e mais uma vez, penalizando os empresários que terão que pagar um vale-transporte mais caro para seus funcionários.

É necessário que os impostos abaixem para que o empresário possa respirar aliviado, para sustentar a sua família e também empregar quem sustenta outras famílias.

É necessário mais investimentos no comércio e na construção civil. É necessário que o Distrito Federal volte a movimentar a economia com mais obras de infraestrutura que gera muitos empregos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (21), pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, o Brasil registrou a perda de 1.542.371 postos de trabalho formal em 2015, sendo que a Construção Civil perdeu mais de 400.000 postos de trabalho, foi o segundo setor que mais perdeu trabalhador, atrás apenas da indústria. É necessário retomar as obras! É necessário retomar o crescimento e tomar as rédias da situação, é preciso alguém de pulso firme sentado na cadeira máxima do Buriti para dar uma reviravolta na situação do DF. 

Confio que Rollemberg ainda possa reverter essa situação. Primeiro precisa dar mais autonomia à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, depois investir no setor da Construção Civil que é um dos que mais empregam no Distrito Federal, para que a economia possa voltar a crescer e o DF possa voltar a ser a Capital da Esperança como em 1960 com JK.


*Lucas Batista Pinheiro - Secretário de Mobilização da Juventude do PSDB-DF.
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Por Renata Belsantos

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