Artigo: Corumbá IV, o sinal verde do futuro

*Todos nós temos acompanhando com bastante preocupação a penúria hídrica vivida pelo nosso País. E, apesar de o Brasil possuir 8% de toda a água doce existente no planeta, a crise de abastecimento de água – e também de energia – já é uma realidade. Os efeitos catastróficos disso já são observados em diversas regiões brasileiras. A importância da água, como item primordial para a sobrevivência humana e para a geração de energia, até pouco tempo, só era discutida por ambientalistas. Muito embora a questão já tivesse sido levantada há alguns anos, a conscientização parece ter acontecido a conta-gotas. Se é que aconteceu para todos, que fique claro.

Acompanhar o desespero de estados importantes do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por falta d’água, faz com que nós, moradores do Distrito Federal e do Entorno, nos sintamos, porém, abençoados de certa forma. Não que a água esteja garantida para sempre na “terra donde fluiria leite e mel”, como sonhou Dom Bosco. Mas porque, mesmo diante de crise tamanha, a visão de um governante conseguiu garantir um futuro menos perturbador para todos dessa região e afastar o fantasma da falta de água e energia da vida desses moradores.


Joaquim Roriz governou o Distrito Federal quatro vezes. Em 4 de abril de 2006, pouco antes de finalizar seu último governo, inaugurou a Usina Corumbá IV, que nasceu de sua vontade de garantir água e energia para o DF e o Entorno por gerações. Roriz realizou a obra mesmo diante de críticas que sofreu naquele tempo – provavelmente pelas mesmas pessoas que, até então, sequer imaginavam que a escassez de água pudesse assolar o nosso País. Foi um governador visionário. Ou melhor, anteviu que, com a pouca oferta de água na capital, aliada a uma das mais altas médias de consumo por habitante do País, os recursos hídricos para garantir o abastecimento da nossa região precisavam de olhar mais atento. E assim fez. Sem esperar que o sinal vermelho se acendesse.

Aliás, Roriz acendeu – com energia gerada por sua própria ideia, diga-se de passagem – o sinal verde do futuro quando, em 2004, anunciou a construção da barragem de Corumbá IV, que garantiria o abastecimento de água para a capital federal pelos próximos 100 anos. Em pleno funcionamento, Corumbá IV teria capacidade de captar, para distribuição, 120 metros cúbicos por segundo. Isso é 10 vezes mais do que capacidade instalada pela Caesb em 2004. Após inaugurada, contudo, pouca coisa foi feita de lá para cá. Talvez por medo dos novos governantes em acreditar que completar a obra de Corumbá IV seria creditar o sucesso a Roriz. Lamentavelmente, o que fizeram foi estagnar um processo de melhoria da qualidade de vida da população do Distrito Federal e do Entorno.

Mesmo assim, hoje, Corumbá IV é uma das poucas alternativas de futuro para a nossa região; afinal, a reserva construída em uma área de 173 km2 já é vista como uma das poucas alternativas para o crescimento da captação de água no território do DF e deverá acrescentar mais de 3,8m3/s ao sistema diário nos próximos anos. A preocupação, porém, continua. E deve continuar. Deixou de ser questão de qualidade de vida e passou a ser questão de sobrevivência. Para o nosso alívio, no entanto, tivemos a visão de Roriz que, com atitude vanguardista, enfrentou os críticos e deu “nó em pingo d’água” para garantir, por mais um tempo que seja, o abastecimento de água e energia não só para o Distrito Federal, mas também para as cidades do Entorno.

*Por Liliane Roriz
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Por Renata Belsantos

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