Calor aumenta a incidência de problemas com piolhos

O tempo quente torna mais propícia a eclosão dos ovos do inseto e o desenvolvimento do parasita, principalmente em crianças


Causadores de muita coceira na cabeça, irritação e até queda no rendimento escolar, os piolhos não são um problema que sumiu da cabeça das crianças com o passar dos anos. Infestações de piolhos foram muito comuns nas últimas décadas, hoje, a taxa de infecção em cidades com bom índice de desenvolvimento social é mais baixa. Todavia, ainda é comum aparecerem casos, mesmo em consultórios particulares, onde crianças sofrem para eliminar completamente o parasita da sua cabeça.

Dr. Luciano Morgado é dermatologista e diretor da Clínica Monte Parnaso, instalada na área nobre de Brasília, e comenta que ainda recebe muitos pacientes que sofrem com o problema. “Normalmente, a infecção ocorre quando as crianças entram em creches ou colégios, devido à maior aglomeração de pessoas”, explica.

Os piolhos são insetos muito pequenos – variam de 2,1 a 3,6mm – que parasitam o couro cabeludo, corpo e região pubiana. As fêmeas do piolho colocam no hospedeiro os seus ovos, chamados de lêndeas, que possuem formato ovóide e cor branca, e ficam normalmente aderidas às hastes dos cabelos. Dr. Luciano conta que existem diversos problemas que podem ser causados se os piolhos não forem removidos. “O inseto pode provocar inflamação na pele das áreas afetadas, além disso, a coceira decorrente da infecção pode resultar no aparecimento de escoriações e infecções”, conta o médico.

Existem tratamentos eficazes contra o piolho, como xampus e loções que são aplicadas diretamente no couro cabeludo. Segundo o dermatologista da Monte Parnaso, a medicação mais utilizada atualmente é a Permetrina, que é aplicada de um a três dias no couro cabeludo, conforme a intensidade da infecção. “Além do tratamento contra o inseto, é importante que as lêndeas sejam removidas durante o processo, para que futuramente elas não eclodam e se tornem novos piolhos. Essa remoção pode ser feita com pente fino embebido em solução de vinagre diluído na água”, explica o Dr. Luciano.


Fonte: Redação.
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Por Renata Belsantos

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