Vanessa Paiva cobra indenização por ter sido exonerada grávida, no entanto, já recebeu os valores da licença maternidade na Sejus. Ela também buscou na justiça o mesmo direito, quando trabalhava no condomínio Brisas do Lago
Vanessa Maria de Paiva Oliveira entrou no ano passado com um pedido de indenização por parte da Câmara Legislativa do DF alegando ter sido demitida do gabinete da deputada Sandra Faraj por estar grávida. No entanto, o pedido foi negado em razão de a saída dela do legislativo ter sido feita “a pedido” e, por Vanessa estar trabalhando na Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania. Onde, aliás, agora desfruta dos seis meses de licença maternidade.
O mais curioso, no entanto, é a história de Vanessa nesses últimos 24 meses. Antes de ingressar no legislativo, Vanessa era funcionária do Condomínio Brisas do Lago (veja cópia do contrato logo abaixo). Foi contratada em dezembro de 2013, pelo ex-chefe de gabinete Manoel Carneiro de Mendonça Neto, então síndico e responsável administrativo do empreendimento.
No condomínio, exercia a função de gerente de SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) e ajudava com as questões voltadas à contabilidade. Em 2014, com a vitória nas eleições de Sandra Faraj, Manoel Carneiro convidou Vanessa para secretariá-lo no gabinete parlamentar. Conforme rescisão contratual, a demissão de Vanessa foi feita sem justa causa pelo empregador.
Em 02 janeiro de 2015, Vanessa ingressou no time da deputada Sandra Faraj com um CL-03 (salário aproximado de R$ 4 mil). Ela estava grávida do seu segundo filho e preferiu não comunicar a ninguém. Em abril de 2015, Vanessa ingressou na justiça para cobrar indenização do condomínio Brisas do Lago por ter sido demitida grávida e sem justa causa. Mas, conseguiu apenas manter-se no plano de saúde oferecido aos funcionários do empreendimento.
No gabinete da deputada Sandra, Vanessa trabalhou por apenas seis meses, tirando a licença maternidade no período de 21/07/15 a 16/01/16. Em maio de 2016, Vanessa foi nomeada na Secretaria de Justiça e Cidadania. Solicitou exoneração na Câmara Legislativa para assumir o cargo no executivo.
Só que Vanessa estava novamente grávida. E mais uma vez, não comunicou a ninguém. Na Sejus, Vanessa hoje goza da licença maternidade de seis meses e agora, mais uma vez tenta emplacar sua tão desejada indenização por demissão.