O fato ocorreu durante o turno de trabalho do homem
Um vigilante foi morto, na madrugada deste domingo (27/4), durante o turno de trabalho na Cidade Ocidental (GO). Evandro Márcio da Silva Mourão, de 38 anos, era terceirizado e prestava serviços à Empresa de Saneamento de Goiás (Saneago). Os assaltantes o mataram para levar a arma que portada por ele, segundo investigadores da Polícia Civil goiana (PCGO). Os criminosos ainda são procurados.
Evandro cumpria escala em um posto no Centro de Captação de Água da Saneago, no Bairro Friburgo, de acordo com o delegado Dayvison Pedrosa Gerhard, plantonista da Central de Flagrantes de Luziânia, responsável pela área. Outro vigilante também estava dentro da estação. Por volta das 6h50, o colega de trabalho descobriu o corpo da vítima, já sem vida, próximo ao portão da unidade.
Após ter acionado as polícias Civil e Militar, a testemunha prestou esclarecimento aos investigadores. "Ele disse não ter ouvido nada. Ao abrir a porta, encontrou com o amigo já alvejado", relatou o delegado. Ruídos da captação da água dentro do lugar onde o sobrevivente estava podem ter abafado os possíveis barulhos de tiros. "É uma estação de tratamento, faz muito barulho, e ele estava em um lugar fechado", conta Gerhard. No entanto, vizinhos disseram ter ouvido disparos de uma ar de fogo, de acordo com o delegado.
O corpo tinha uma perfuração aparente de disparo de arma de fogo, no tórax, abaixo de um dos braços, como constataram os peritos criminais. A vítima não vestia colete a prova de balas."Se estivesse usando, o tiro teria atingido o colete, não o corpo. Possivelmente, evitaria a morte", afirma o delegado. Junto a falta de colete, outras condições elevaram o risco do trabalhador. "É um lugar mal iluminado. São poucas luminárias e parte não funciona. Entendo que, por segurança, a luz devia ser melhor."
O único bem levado foi a arma de trabalho, um revólver calibre .38. Para o delegado Dayvison Pedrosa Gerhard, a exemplo de outros crimes na região, o armamento era o alvo do ataque. "É comum. Atacam guardas de colégio municipais. Como eles não são policiais, os bandidos ficam mais à vontade em afrontá-los, por acreditar que são menos preparados", explica.
Essa não foi a primeira vez que Eduardo havia sido atacado em serviço. Há cinco anos, ele entrou em confronto com assaltantes. Porém, o delegado acredita que o crime não tem relação com o problema anterior. O caso é tratado como latrocínio, roubo seguido de morte. Na manhã de segunda-feira (28), as investigações seguem para a Polícia Civil da Cidade Ocidental.