Mãe tenta levar para casa filho internado há dois anos no HMIB

Maria Eliene mora na Cidade Ocidental (GO) e busca ajuda para adquirir equipamentos básicos usados nos cuidados da criança

Michael Melo/ Metrópoles
Foto: Michael Melo.
Em 2014, ele foi submetido a uma cirurgia cardíaca no ICDF para corrigir um pequeno problema. Mas, desde então, não consegue se mexer, falar ou andar

A dona de casa Maria Eliene Cruz, 38 anos, vive uma mistura de alegria e preocupação nos últimos dias. No domingo (12/6), seu filho Pedro Henrique, de 6 anos, passou por uma cirurgia nos rins, que permitirá a alta no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) após dois anos de internação. A felicidade de poder levar o menino para casa, porém, traz o medo de não conseguir dar a ele os devidos cuidados.

Atualmente, Pedro vive em uma cama na enfermaria do HMIB, sem conseguir se mexer, falar ou andar. No entanto, nem sempre foi assim. Segundo a mãe, Pedro nasceu com um problema de sopro no coração. Ele conseguia andar e falar normalmente, mas a condição exigia uma operação. No dia 19 de dezembro de 2014, o menino passou por uma cirurgia no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) para resolver o pequeno defeito cardíaco.

O procedimento, considerado simples, não saiu como esperado. Pedro teve complicações na mesa de cirurgia, chegando a apresentar três paradas cardiorrespiratórias. Ele foi encaminhado ao HMIB para a recuperação. Após dias no local, a família percebeu que o menino não conseguia mais se mexer ou falar. “Na época, um advogado nos orientou a não entrar na Justiça, pois não daria em nada. Mas até hoje acreditamos que tenha ocorrido um erro médico”, relata Maria Eliene.

A mãe conta que jamais teve uma explicação satisfatória sobre o caso. O fato foi que ela teve de adaptar a própria rotina para acompanhar o filho. Ela se mudou para a casa de uma sobrinha, mais próxima ao hospital, e acabou deixando os outros quatro irmãos de Pedro aos cuidados da avó, na Cidade Ocidental (GO).

A angústia da volta
Após dois anos de internação, os médicos acreditam que, em breve, Pedro finalmente poderá ter alta. Mas com a saúde frágil, ele precisa de vários equipamentos, como conta Maria Eliene. “Ele necessita de balão de oxigênio, monitoramento eletrônico, uma cama hospitalar, fraldas e um gerador elétrico para garantir o funcionamento dos aparelhos. E não temos condições de adquirir essas coisas”. Nem ela nem o pai do menino estão empregados no momento.

A Secretaria de Saúde informou que, nesses casos, os familiares podem buscar auxílio no Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (NRAD), que gerencia o serviço de Home Care oferecido pelo Governo do DF. Entretanto, o cadastro requer urgência, e a família, moradora de uma cidade do Entorno, teme ter dificuldade em conseguir a ajuda do programa.

Quem quiser ajudar a família de Pedro Henrique a receber de volta o menino em casa pode entrar em contato com a mãe, Maria Eliene, pelo telefone 99558-8728.
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Por Renata Belsantos

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