A deputada federal Flávia Morais (PDT) foi expulsa por ofício do partido por não ter seguido a orientação nacional de votar contra a autorização de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), neste domingo (17)
Agora, Flávia terá 30 dias para apresentar defesa. No dia 31 de maio, o Diretório Nacional irá se reunir para analisar a defesa e referendar a expulsão. Além disso, foi feita intervenção no PDT de Goiás, com afastamento por tempo indeterminado do presidente estadual Jorge Morais, marido de Flávia. O Diretório Nacional também pedirá o mandato da deputada federal.
Durante discurso na Câmara dos Deputados, o líder do PDT na Casa, Weverton Rocha ressaltou a importância da Constituição Federal e afirmou que os filiados votariam contra o processo. No entanto, Flávia Morais votou a favor do impeachment.
Com isso, o PDT estava se movimentando para expulsar Flávia Morais. Segundo o Jornal do Brasil, o processo de expulsão já havia sido iniciado, contra os que não seguiram a orientação nacional do partido. Os que poderão ser expulsos, além a deputado, são Mário Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Giovanni Cherini (RS), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).
Em entrevista ao Diário de Goiás, Flávia havia confirmado a pretensão do partido e disse que está tranquila, mesmo encarando a medida como exagerada e injusta. “Estou tranquila. Se vier, nós vamos enfrentar. Não tenho problema. É uma injustiça muito grande, um exagero do partido. Mas se eles acharem que deve ser assim, nós vamos... Não tem como ficar contra a população, é muito ruim. O povo queria o impeachment”, afirmou.
Questionada sobre possível arrependimento de ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff, a deputada explicou que não. “Não me arrependo. Tem que prestar conta para a população. Se o partido não souber entender esse momento, a vontade popular... Temos que cumprir nosso dever. Eles fecharam a questão [de votar contra], mas sabiam que não teriam o voto de todos”, finalizou.