Dermatologista da Clínica Monte Parnaso fala sobre tratamentos e precauções da doença que já possuí 190 mil novos casos por ano apenas no Brasil
O câncer de pele é o tipo mais comum da doença. Só nos Estados Unidos, são diagnosticados 3,5 milhões de novos casos por ano; no Brasil; esse número chega a 190 mil. O principal causador da doença é a exposição crônica aos raios solares, mas também é possível contraí-lo devido à predisposição genética, tabagismo e após lesões da pele provocadas por radioterapia.
O dermatologista Dr. Luciano Morgado comenta que o diagnóstico prematuro aumenta consideravelmente as chances de ter um tratamento rápido e pouco agressivo. “Quando detectadas no início, uma cirurgia simples é suficiente para resolver o quadro. Alguns tipos de lesões pré-cancerosas, quando identificadas, podem ser tratadas apenas com cauterizações por radiofrequência ou com nitrogênio líquido, a chamada Crioterapia. As lesões pré-cancerosas chamadas de ceratoses actínicas e o carcinoma basocelular superficial podem ser tratados com a chamada Terapia Fotodinâmica, que tem como vantagem o menor índice de cicatrizes pós-tratamento”, explica.
Todavia, alguns subtipos específicos de câncer de pele, como o melanoma, normalmente necessitam de um acompanhamento conjunto com o profissional Oncologista. Em alguns casos mais avançados podem ser necessários tratamentos associados, como radioterapia e quimioterapia.
Mas como prevenir para não chegar ao ponto de contrair a doença? Segundo o dermatologista, a principal coisa a fazer é proteger bem a pele dos raios solares. “Deve ser evitada a exposição excessiva ao sol e fazer uso regular do protetor solar com fator de proteção 30 ou superior”, explica. Porém, existem hábitos, como o do cigarro, que prejudicam a pele e a deixam mais vulnerável às ações dos raios ultravioletas. “O tabagismo está associado com uma maior incidência de alguns tipos câncer de pele, como o carcinoma espinocelular labial”, comenta o Dr. Luciano Morgado.
Também é muito importante visitar o dermatologista em caso de possuir lesões que sangram, casquinhas que sempre voltam, pequenos carocinhos vermelhos que não cicatrizam, “pintas” muito escuras com bordas irregulares, com muitas cores ou que crescem rapidamente. “Algumas destas podem apresentar irregularidades que indiquem uma maior tendência à transformação maligna, sendo facilmente tratadas com uma pequena cirurgia. O dermatologista também fará uma orientação quanto ao autoexame da pele”, conta.
Tipos de câncer de pele
Existem vários tipos de câncer de pele. O mais comum é o carcinoma basocelular, correspondente a até 65% dos casos. Ele normalmente não é muito agressivo e muito raramente provoca metástases, mas pode crescer localmente, tornando a cirurgia para tratamento mais agressiva. Outros tipos comuns de câncer de pele são o carcinoma espinocelular, que pode ocasionar metástases com maior frequência que o basocelular, e o melanoma, o mais agressivo deles.
O melanoma pode ser muitas vezes confundido como uma “pinta” normal, daí a importância de se fazer uma checagem das mesmas com o dermatologista, principalmente no caso de pacientes que já têm algum histórico familiar de melanoma, o que aumenta o risco de desenvolvê-lo. Felizmente, caso o melanoma seja identificado no início, uma simples cirurgia é suficiente para a cura.
Fonte: Redação.