Wilder defende governo e rebate Lúcia

Senador elogia governador por buscar investimentos: “O PIB goiano cresce acima da média nacional e subiu mais de mil por cento pelo trabalho de Marconi”

Diário da Manhã – Como o sr. avalia o governo do presidente Michel Temer?

Senador Wilder Morais – Temer encontrou um País quebrado, desacreditado internacionalmente, com todos os índices bons em queda…

DM – Um dos índices em queda é o da popularidade dele…

Wilder – Essa quebradeira foi provocada pela incompetência e a demagogia dos três mandatos anteriores. Para solucionar, Temer teve de tomar medidas impopulares e está fazendo as reformas necessárias. No início, a aprovação fica baixa, mas reage junto com os índices da economia. E já começa a ter modificação na economia, com a inflação caindo e o comércio reagindo. A popularidade será consequência.

DM – E o governo de Marconi Perillo em Goiás?

Wilder – Marconi é um professor de gestão pública. Seus mandatos em Goiás são utilizados por professores e jornalistas de todo o País como exemplos de administração. O terceiro mandato foi um doutorado de quatro anos e o atual é um pós-doutorado em várias áreas.

DM – Não é o que acha a sua colega de bancada, a senadora Lúcia Vânia?

Wilder – Mas é o que acha a maioria dos quase 7 milhões de goianos. Avaliação cada qual faz a sua, mas não podemos negar os números. O PIB de Goiás cresce acima da média nacional. Aliás, até 400% a mais que o restante do País.

DM – Lúcia diz que, em vez de viajar, está trabalhando, numa referência direta à missão internacional que Marconi faz atualmente.

Wilder – O que Marconi está fazendo é trabalho e trabalho do mais alto nível. Falei sobre os bons números do PIB e eles se tornaram possíveis por causa do talento de Marconi, inclusive, para buscar investimentos. Feliz o povo que tem um governante inovador, moderno e antenado como Marconi. Isolar-se é um ato provinciano, tacanho, atrasado. É inconcebível imaginar um governo fechado em si mesmo na era da globalização e em face do recrudescimento da crise econômica nacional. Como empresário, sou testemunha da importância das missões comerciais que colocaram Goiás como um dos grandes players mundiais. Graças à política ousada voltada para o comércio exterior do governador Marconi Perillo desde a primeira gestão, em 1999, o Estado e os empresários acumularam expertise neste setor, como a reconquista do mercado russo para a carne goiana, e outras incursões vitoriosas da nossa paradiplomacia que, em 18 anos, multiplicou por mais de 25 vezes o que o Estado exportava em 1998.

DM – As viagens de agora estão dando resultado?

Wilder – Há pouco, o governador Marconi Perillo e o CEO da Caracal Internacional, Hamad Salem Al Ameri, assinaram, em Abu Dhabi, o protocolo de intenções para implantar uma planta da companhia bélica em Goiás. A indústria, que fabrica armas de pequeno calibre, fará um investimento inicial de R$ 100 milhões na construção e início das operações da unidade no Estado, com geração de 600 empregos diretos.

DM – Um negócio das Arábias…

Wilder – A melhoria dos preços das commodities no mercado internacional e a prospecção de negócios levam, agora, o governador Marconi Perillo à Arábia Saudita, que tem muito dinheiro, grandes fundos soberanos, e empresários com interesse de investir em novos mercados e empreendimentos. Como empresário, aplaudo a política de atração de investimentos para Goiás continuar a crescer e a oferecer empregos e oportunidades. Como político, sei que isso eleva o prestígio da classe, tão combalido no País.

DM – Os goianos querem saber quanto isso rende. Está rendendo?

Wilder – Acompanho com interesse o assunto e sei que, graças a essas missões, mais R$ 3 bilhões estão em fase adiantada de negociação para que corporações se instalem e tragam prosperidade, emprego e renda às diversas regiões do Estado. Marconi, hábil e talentoso, está em missão internacional oficial para, como sempre, atrair recursos e investidores. Goiás não pode se apequenar. Precisa pensar grande e além das fronteiras. Este é um dos segredos que explica a vitalidade do estado, o primeiro a sair da crise no país, um dos poucos que manteve o cumprimento de compromissos a despeito das dificuldades impostas pelo cenário nacional. Se o Brasil está em crise, o que o governante deve fazer? Chorar, lamentar ou buscar solução? Marconi busca e as soluções vêm. Tem sido assim há quase 20 anos e os goianos querem que continue assim.

DM – Por falar em continuar, Lúcia é contra o vice José Eliton ser candidato à reeleição porque estará no cargo de governador…

Wilder – Pois eu penso exatamente o contrário. A regra é essa e José Eliton estará cumprindo a regra. Assim ela [Lúcia Vânia] foi candidata à reeleição exercendo o cargo de senadora e dentro da regra. Eu vou apoiar a reeleição de José Eliton a governador, o PP será pioneiro novamente na pré-campanha e no apoio ao PSDB.

DM – O sr. acha que a chapa marconista está pronta, então?

Wilder – Para governador, sim: nosso candidato será José Eliton. Marconi será senador se quiser, mas vejo grande possibilidade de candidatura em âmbito nacional. Converso com muita gente, empresários, políticos, e é incrível a repercussão de seus governos em Goiás. Todo mundo elogia.

DM – Tem vaga nessa chapa para sua candidatura à reeleição?

Wilder – Estou trabalhando muito para isso. Sem gritaria, sem alarido, mas com projetos, com a defesa de Goiás, ajudando Marconi e José Eliton.

DM – Com José Eliton para governador e Marconi e o senhor para o Senado, seria por isso que Lúcia está criticando o governo?

Wilder – Não sei as razões de quem critica, sei as minhas para elogiar. Mas não identifico motivos para o combate. Com o incentivo e o apoio de Marconi, Lúcia Vânia foi ministra de Fernando Henrique, candidata a governadora e eleita e reeleita senadora.

DM – Seria ingratidão?

Wilder – Ingratidão é sentimento que, quando manifesto, tem reiteradas vezes gerado reação negativa por parte do eleitor, que costuma punir tais atitudes. Por outro lado, os partidos têm direito de se movimentar, mas não podem perder de vista a conjuntura. A base aliada ao governo está convencida de que o nome do vice-governador José Eliton é o mais qualificado, o mais preparado, o mais apto para enfrentar a disputa majoritária em 2018.

DM – Como escreveu em seu perfil no Twitter, o sr. concorda com a criação da secretaria voltada para habitação para substituir a Agehab?

Wilder – Como senador da moradia, eu aplaudo a mudança. Com certeza, vai dar mais fôlego e peso a este setor tão crucial para os goianos e para a economia. Vou continuar a batalha para ampliar os recursos oriundos do governo federal para que possamos construir casas e apartamentos para as famílias goianas, em especial as de baixa renda, que sonham e precisam da casa própria. Sei que esse caminho vai, paralelamente, impulsionar a economia e gerar milhares de empregos diretos no curto prazo.

DM – O sr. ajudaria à nova secretaria mesmo se for ocupada pelo PSB da senadora Lúcia?

Wilder – Claro. A secretaria não será de uma pessoa ou de um partido, mas do Estado e dos goianos que precisam de habitação.

DM – Em vez de brigar em Goiás, por que os três senadores não se unem pelo Estado?

Wilder – Respondo apenas por mim: sou inteiramente dedicado a Goiás. Convido a todos para a questão objetiva de propiciar segurança jurídica para as centenas de empresas que investiram no Estado se valendo das políticas de incentivos fiscais, na medida em que sua proposta de convalidação já foi aprovada pelo Senado e não pode sofrer modificação para prejudicar Goiás. Essa é a grande luta de Goiás que precisa nos unir a todos, em especial num momento em que nosso estado que está sendo questionado pelo Governo de São Paulo em Ação Direta de Inconstitucionalidade [ADI 2441] e que deve ser votada no Supremo Tribunal Federal (STF) por agora.

Entrevista publicada pelo jornal Diário da Manhã — 5 de março de 2017
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Por Edilayne Costa

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